quarta-feira, 23 de março de 2011

HANS NO/NA TRICICLO?


Seria o TDAH um sintoma típico da infância? Um sintoma de passagem, assim como a fobia do Pequeno Hans? Eis uma das questões que será abordada no Grupo de Estudos sobre TDAH. Início 24.03, na Triciclo. 

LACAN POR WALTER TEIXEIRA - http://wtexartes.blogspot.com

FREUD BY WALTER TEIXEIRA (WTEXARTES.BLOGSPOT.COM)


Em breve...

ARMAÇÕES E AMARRAÇÕES DE CRIANÇA
Letra de Criança
Laço de criança
Amarrar o cadarço

FREUD: A HERANÇA


"Aquilo que herdaste de teus pais conquista-o para fazê-lo teu". (Goethe em Freud, "Totem e Tabu")

TRICICLO _PROGRAMAÇÃO 2011.1





PSICANÁLISE E NEUROCIÊNCIAS - TDAH EM QUESTÃO
O tema desse grupo de estudos será o Sintoma da criança, que no TDAH está em confluência com questões orgânicas, estruturais e funcionais do cérebro. Assim, serão estudados tanto os escritos psicanalíticos de Freud, Lacan, Maud Manonni, Françoise Dolto etc., quanto os clássicos da neuropsicologia, como os de Luria e das neurociências, os de Irvy e Gazzaniga.
Coordenação: Patrícia Pinheiro (psicanalista, psicóloga, mestre em Educação UnB)
Início: 24/03/2011
Dia e Hora: quintas-feiras das 20h às 21:30h
Frequência: semanal
Valor: R$ 200,00 (mensais) 
Vagas: 07


CLÍNICA BORROMEANA - LACAN
O objetivo desse grupo de estudo é tomar o ensino de Lacan a partir da apresentação do nó borromeano, situada na lição de 9 de fevereiro de 1972 no Seminário ...Ou Pior (1971-1972). O programa do grupo compreenderá ainda a leitura de lições e textos escritos anteriores a essa data como, por exemplo, as conferências de 1953, sobre e o RSI e de 1958, que tratava d’A Significação do falo. A noção de sujeito também será contemplada na leitura de algumas aulas do Seminário De um outro ao outro (1968-1969). Outros Seminários em pauta serão: Mais Ainda (1972-1973) e O Sinthoma (1975-1976).
Coordenação: Patrícia Pinheiro (psicanalista, psicóloga, Mestre em Educação UnB)
Início: 04.04.2011
Dia e Hora: segundas-feiras, das 18 às 19:30h
Freqüência semanal
Valor: R$100,00 (mensais)
Vagas: 07

Local: TRICICLO - Sgan 607, Conj. A,  Ed. Centro Clínico Brasília Medical Center, Bl B, sls 104 e 105
Para fazer a inscrição prévia é preciso enviar e-mail para: clintriciclo@uol.com.br confirmando a presença na data de início dos grupos.  

terça-feira, 22 de março de 2011

freuds

Deuses de Freud


Li recentemente "Deuses de Freud: a coleção de arte do pai da psicanálise" (Janine Burke). A autora é professora e pesquisadora de história da arte. A narrativa sobre Freud, o amante da arte clássica, está situada no âmbito da vida pessoal do psicanalista. Os deuses que ele colecionou e exibiu em seu consultório, nasceram de seus sonhos, um deles ainda na infância, aos 7 anos, cujo enredo era a morte de sua mãe. Freud peregrinava em lojas de antiguidade em busca das imagens do inconsciente.  Em suma, o livro é uma biografia requintada que relaciona o colecionador - o esteta - ao psicanalista.   

"Por que grande não gosta de brincar?"


É uma pergunta excelente, feita por uma criança de 5 anos. Pois sim, o infans e as crianças brincam, já os adultos pensam conceitualmente. Assim, não é que estes não gostem de brincar, apenas não sabem mais fazê-lo. O pensamento dos adultos deixou o mundo lúdico quando eles entraram na adolescência. Mesmo que alguma coisa do imaginário da infância se preserve, as imagos parentais se modificam já na puberdade. O que dá ao adolescente uma posição frente ao Outro (a Linguagem) bastante diferenciada daquela da criança. Inclusive uma posição sexuada, que a criança ainda não tinha. Lembremos de sua designação em Freud, como "perverso polimorfo". O infans também é visto por Lacan (Sem 5) como assujeito. Supõe-se que isso ocorra porque este ainda não pode sustentar a função de sujeito frente ao significante. Estaria o sujeito na infância como obeto a, em forma de objeto, como diz Lacan (sem 16)? Parece que sim, o infans estaria provisoriamente no lugar de objeto da fantasia parental, ou apenas de um dos pais. O que não lhe confere ainda uma posição discursiva. Parece que com o letramento ou alfabetização, a criança vai modificando essa posição.   
 O infans, a criança ainda não alfabetizada, é aquele que brinca de forma mais genuína. O processo de alfabetização modifica a relação da criança com o brincar? Apenas por observação pode-se arriscar um sim para essa questão. Como e por quê?   Essa pergunta merece uma investigação maior.Para isso, antes vale outro questionamento:
Por que as crianças brincam?
 É a forma que as crianças têm de pensar. Tudo o que elas fazem, dizem e sentem é brincadeira. Na infância brincadeira é coisa séria. A brincadeira é a relação que as crianças têm com a realidade.
Mas ambos são linguagem: a brincadeira e o pensamento conceitual dos adultos? Posso supor que sim. A criança faz absolutamente tudo brincando, o imaginário lhe serve muito. A brincadeira seria uma espécie de inscrição necessária no campo do Outro, para que a letra do Real assuma o estatuto pré-discursivo. É interessante observar que tudo isso começa no espelho, no estado de espelho, teorizado por Lacan.    Mas e antes, o bebê recém-nascido brinca?